faltam alguns minutos para a meia noite, e para o ínicio de um novo dia



Muita gente considera o trabalho Minutes To Midnight do Linkin Park como inferior aos outros discos lançados pela banda. Acredito que esse álbum, depois do Reanimation, foi o álbum mais ousado e criativo do Linkin Park. O álbum consegue ser diversificado, algumas músicas conseguem com êxito se destacarem por suas diferenças, por exemplo, "Given Up" mostra que a banda não deixou de lado seus sons mais pesados, ainda mais pelo Big Scream que o Chester lança nesse som. Até mesmo a introdução "Wake" ficou muito bem composta, é uma música instrumental que é agradável a qualquer ouvido, por sua simplicidade. As rimas do Mike ficaram menos presentes nesse álbum, mas mesmo assim, o Shinoda cuidou da produção do álbum ao lado do Rick Rubin, além de ter tocado teclado/sintetizador em algumas faixas, de qualquer forma, o álbum ainda contém as influências de rap do Mike. A letra de "Hands Held High" é muito boa, e é diferente das rimas que Mike vinha fazendo nos dois últimos álbuns de músicas inéditas da banda, gosto muito do seu instrumental também, o refrão simples "Amém" também é bonito.

Aliás, agora o álbum também contém alguns vocais principais cantados pelo Shinoda, em "Hands Held High" e em "In Between" (que eu considero a melhor letra do álbum), ele não decepciona, seus vocais ficaram muito bons, mas já sabemos que Mike tem potencial para fazer melodia, no própio Live In Texas ele faz Back Vocals para o Chester. eu me peguei em fases diferentes da minha vida refletindo "In Between" de maneiras diferentes com a letra desse som, acredito que seja muito gratificante para um músico, conseguir alcançar uma versatilidade de reflexão de seus ouvintes, na verdade, a frase que tem martelado na minha cabeça desde ontem tem sido "The only thing worse than one is none". O final do álbum ficou com as melhores faixas, na minha opinião, "In Between", "In Pieces" e "Little Things Give You Away", gosto muito da melodia vocal e do solo de guitarra de "In Pieces". A bateria eletrônica também é bem viajante, e lembra um pouco um drum'n bass. A última faixa também impressiona bastante, ela é muito bem estruturada, e o refrão é fantástico, gosto muito do final da faixa, a qual até mesmo o Phoenix (baixista da banda) canta!



Não se precipite falando que o trabalho do Linkin Park em Minutes To Midnight é inferior aos outros dois, na verdade, a banda inteira evoluiu bastante, as composições instrumentais deste álbum foram muito mais bem feitas do que nos outros dois. Este disco foi lançado em 14 de Maio de 2007, foi o disco mais vendido do ano no mundo, o álbum estreiou em primeira posição, e o primeiro single "What I've Done" foi trilha sonora do primeiro filme do Transformers. A música é boa, mas acho que a banda poderia ter escolhido outra música para ser o Single, na verdade, se eu pudesse fazer uma seleção personalizada eu mudaria toda a estrutura de singles do disco, mas acredito que as músicas foram bem selecionadas levando em conta a massa consumidora. Gosto muito de "Shadow Of The Day", além da letra ser muito boa, eu acho muito bem feita músicalmente-eletronicamente falando, ainda mais levando em conta que os barulhos em reverse na música são notas simples de um teclado midi, Linkin Park se mostra eficiente em reverter partes de música desde a brilhante guitarra invertida em "Somewhere I Belong".

Acredito que eles conseguiram fazer um trabalho completamente diferente de suas duas outras obras. O "Hybrid Theory" e o "Meteora" são bem parecidos, o "Live in Texas" é um disco divertido de ouvir, ainda que soe underground. O Reanimation que com certeza merecia um destaque, ele foi considerado um disco de "Remixes", mas a versão de "Pushing Me Away", neste disco chamada de "P5hng Me A*wy", por muitos é considerada superior a música original, até o Linkin Park fez uma versão ao vivo dela no seu primeiro disco ao vivo ao invés de tocar a música original. Eles costumam utilizar algumas músicas do "Reanimation" como introdução, ou então, soltar alguma parte eletrônica viajante da música numa apresentação ao vivo. Um grande números de rappers foram convidados para fazer participação no disco, dentre eles, Chali 2na, Evidence e DJ Babu (Dialated People), Pharahone Monch, Black Thought (The Roots), além dos rappers citados (e muitos outros não citados), o álbum ainda conta com a participação de Jay Gordon (Orgy, a mesma banda que acabou doando participantes para o "Dead By Sunrise"), Jonnatan Davis (Korn), entre outros. Eu particularmente gosto muito da música "1stp Klosr", lembro de uma epóca em que ouvia ela olhando o céu estrelado quando faltava luz e ficava tudo escuro, no "Sitio Bom", um lugar que viajei inicio do ano, eu conseguia ver o futuro, e é sério.



Tinha que comentar aqui também sobre o disco ao vivo do Linkin Park lançado no final do ano passado, o "Road To Revolution", que também foi DVD. A banda se mostra muito mais madura no que no seu primeiro DVD ao vivo, estão tocando bem melhor, e a execução das músicas ficaram todas muito boas. Achei meio bizarra a participação do Jay-Z, que com certeza ja fez apresentações com o Linkin Park melhores do que a que foi feita neste DVD. Mas de qualquer forma, ficou aceitável. Além do público e da set-list muito bem estruturada, o show ainda contou com um céu de dar inveja a outras bandas que se apresentaram em Milton Keys, o contraste das cores com o show é simplesmente incrível. O show não saiu do meu headphone no ínicio do ano, o qual eu também vi a apresentação diversas vezes. Gosto da introdução, a "One Step Closer" com as quebradas no final ficou muito boa, reparem que como eles encerraram o "Live In Texas" com esta música, eles abriram o "Road To Revolution". "Given Up" e "No More Sorrow" funcionaram muito bem ao vivo, a introdução de "No More Sorrow" é de se espantar, e os berros do Chester em "Given Up" mostram que ele não perdeu a energia. É legal ver Mike se empolgando e botando o público pra cantar "In The End" e ver como foi bem executada a "Little Things Give You Away". O show é encerrado com um dos singles do "Minutes To Midnight", "Bleed It Out" o qual ainda conta com Rob quebrando na bateria. O Linkin Park cresceu, e comprovou isso nesse álbum ao vivo, que superou minhas espectativas, em 2009 eles lançaram um único single, "New Divide" que teve um vídeo-clipe e foi single do segundo filme do Transformers. Mike Shinoda disse que o Linkin Park está em estúdio, gravando seu álbum que deverá sair em meados 2010, de acordo com ele, o álbum será insano! Obrigado pelas letras e pelas músicas Linkin Park, seus sons me acompanham desde a minha infância, tente não se precipitar ao falar mal do Minutes To Midnight ou do Reanimation, só busquem abrir um pouco a mente, muitas vezes, o que é novo é bom, e você rejeita só porque é novo.

ouvindo: Linkin Park - In Between

Cayo.

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1 comentários:

Cidão Oliveira disse...

Seguinte. Concordo que a recusa ao MtM tenha se dado graças à diferença dele pros outros albuns, haja vista que o Linkin park vinha numa crescente de agressividade, o Meteora é mais pesado que o HT, dai depois soltaram QWERTY e quando veio com a big-apresentação do mega-aguardado album veio a What I've Done com o clip wannabe U2 com "nanana"s de backing vocals. Concordo que a banda tenha deixado de ser "banda jovem\adolescente", o que é bom, liberta algumas amarras.

Mas dizer que o reanimation é criativo? como um album de remixes é criativo se não cria nada? Acho o Reanimation um album fraco, ruim, chato. Poucas coisas se aproveitam desse álbum, como a introdução de Krwlin e a reinterpretação de Pushing me away, talvez uma das canções mais reinterpretadas que eu já tenha ouvido (LOL)... e de onde picas você tirou AMY LEE?

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